sexta-feira, 20 de abril de 2012

sábado, 14 de abril de 2012

“ENTAS” NO LARÓ


No aeroporto de Lisboa
Era ainda madrugada
Carregando as suas malas
Ninguém faltou à chamada

Chegaram a Ponta Delgada
Ainda mal o sol raiava
Logo foram homenageados
Com temporal de “água molhada”

Mas nada os fez desistir
Nem sequer voltar atrás
Entraram todos em fila
Numa estufa de ananás

Paisagens paradisíacas
Miradouro do Pico, Vista do Rei,
Lagoa Azul, Lagoa Verde…
Qual a mais bela, não sei!

Chegada a hora de almoço
Que grande satisfação
Para retemperar as forças
E “aquecer o coração”

Miradouro do Escalvado
Mosteiros e linda Bretanha
Por fim Vila das Capelas
Rico hotel e boa cama

O cansaço foi vencido
Por incrível que pareça
Pois ainda houve forças
P´rá noite fazer uma festa

Porta das Calhetas, Rabo de Peixe
A seguir Ribeira Grande.
Do paraíso, um lindo jardim
E prova de licores em grande

Caldeira Velha quem diria!
Piscina de água quentinha
Numa reserva natural
No arvoredo escondidinha

Fetos arbóreos
Rocas de vento
Pombo forcaz
Conteiras sem lamento

Ponta Delgada com seus jardins
E monumentos de rara beleza
Muita coisa ficou por ver
Voltaremos um dia com certeza

Ó romântico parque Terra Nostra
Com cameleiras multicores
E uma piscina muito quentinha
Que aos seniores tirou as dores

Perto da lagoa das Furnas
Saboreámos o cozido
“Nascido” das fumarolas
Nunca mais será esquecido


Adeus S. Miguel, ilha mistério:
·         “Porta do mar”
·         Onde a “água é de pau”
·         A lagoa é de “fogo”
·         O pico é de “ferro”
·         A vila é “Franca”
·         A ribeira é “quente”
·         E o pinhal é de “paz”

    Lídia Dias


quarta-feira, 11 de abril de 2012

Recordações duma viagem ao Alentejo (III) Coudelaria Alter Real (AR)



A fundação da Coudelaria de Alter não foi um ato ocasional e isolado.

Surgiu como corolário lógico de um tempo histórico e de uma política coudélica, personificados em D.João V, o Rei Magnânimo.

A ordem da Junta do Estado e Casa de Bragança, de 9 de Dezembro de 1748, marca a fundação da Coudelaria de Alter, e tem o significado simbólico de "Registo" da Tapada do Arneiro como "Solar" do cavalo de Alter-Real.

O documento fundacional da Coudelaria de Alter foi emitido por D.João V como:

"ADMINISTRADOR DA PESSOA E BENS DO PRÍNCIPE D.JOSÉ, MEU SOBRE TODOS MUITO AMADO E PREZADO FILHO, DUQUE DE BRAGANÇA ".

É ao Rei D. José I que, quase inteiramente, cabe o mérito da estruturação da Coudelaria de Alter:

Formação da manada, instalações coudélicas, alargamento do assento agrícola e da área de pastoreio, promulgação do primeiro regime coudélico que vigorou na Coudelaria.

A Casa Ducal de Bragança foi, como executante da vontade Régia de D. João V e de D. José I, o esteio da fundação e estruturação da Coudelaria de Alter.

A Coudelaria é, então, da Casa Real que a recebeu, em 1770, da Casa de Bragança, num quadro de relação bem definido; a Casa de Bragança, proprietária dos prédios utilizados pela Coudelaria de Alter; a Casa Real, reconhecida como senhoria da manada, e na situação de rendeira daqueles prédios.

Na Picaria Real, em Lisboa, o ensino de D. Pedro de Meneses, 4º Marquês de Marialva e Estribeiro-Mor da Casa Real, alcança a perfeição no rigor da técnica, na beleza dos movimentos, na elegância das atitudes. O Cavalo Alter-Real atinge o seu esplendor.

A primeira vintena do século XIX foi um período de sombras para a Coudelaria de Alter; roubo dos melhores cavalos Alter-Real, danos nas piaras, redução na área do pastoreio, vandalismo nas instalações, primeiras ameaças à integridade étnica da manada.

Em defesa da Coudelaria de Alter agiganta-se, neste período de sombras, a figura do Princípe Regente D. João. Mas era uma luz longínqua, no Rio de Janeiro, e em Portugal o Marechal inglês Beresford. Era o poder.

- "Que se conserve sempre pura esta raça"

12 de Dezembro de 1812

-"Que não se consinta que pessoa alguma se intrometa com o que pertence às manadas e suas pastagens"

18 de Janeiro de 1815.

Da Nacionalização das Reais Manadas à usurpação da Coutada do Arneiro. Questionada até à existência da Coudelaria de Alter.

E mais uma vez D. João, já como Rei. A merecer um registo de memória no historial da Coudelaria de Alter.

CONTINUIDADE DIFÍCIL - 1842 - 1910

Um longo tempo de dificuldades e sobressaltos para a Coudelaria, mas também de graves ameaças à integridade étnica do Cavalo Alter-Real, foi o tempo dos cruzamentos.

COUDELARIA MILITAR - 1911 - 1941

Proclamado o regime republicano, e arrestados os bens da coroa, a Coudelaria é integrada no Ministério da Guerra, na dependência da comissão técnica de remonta, com o nome de Coudelaria Militar de Alter do Chão.

O tempo da Coudelaria Militar é uma presença notável na planificação das instalações e na racionalização da exploração agrícola da Coutada do Arneiro.

RECUPERAÇÃO DO ALTER-REAL - 1942 - 1995

Em Janeiro de 1942 dá-se a integração da Coudelaria no Ministério da Economia, na jurisdição da Direcção-Geral dos Serviços Pecuários.

Começava um longo caminho de meio século de recuperação do Alter-Real.

A recuperação do Alter-Real foi um esforço tenaz e persistente, com tempos de grandeza e de crise, de maior dinamismo e de mais apagada ação, mas, indiscutivelmente, um esforço coroado de sucesso.

REACTIVAÇÃO DA COUDELARIA DE ALTER

1996 - Arranque de uma nova etapa
Preservar e valorizar o património genético e cultural que a Coudelaria de Alter encerra e simboliza …

Um caminho que se dirige em exclusivo ao cavalo mas que passa, também, pelo desenvolvimento sócio-económico cultural e turístico do norte alentejano.

Mérito de definir e traçar esse caminho coube, em 1996, ao engenheiro Fernando Van-Zeller Gomes da Silva, ministro da agricultura.

Um destaque que lhe é devido no memorial da coudelaria, pelo respeito com que contemplou o passado, pela ambição com que perspectivou o futuro da Coudelaria Alter-Real.

                                              


Vasco Lopes da Gama

quarta-feira, 4 de abril de 2012

FELIZ PÁSCOA




Que os chocolates e as amêndoas não nos distraiam do verdadeiro significado da Páscoa! Votos de uma Páscoa Feliz para todos! Um abraço carinhoso.

Patricia