segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

FELIZ NATAL E PRÓSPERO ANO NOVO


 
 
 
Votos de um Feliz Natal e de um Próspero Ano Novo.
 
Boas férias para todos.
 
Um carinhoso abraço.
Patricia

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Um ano de Voluntariado


 
 
 
O nosso voluntariado fez um aninho de existência.

 
 
 
 
 
 
 
Tinha ficado decidido, há já algum tempo, que essa data teria de ser comemorada com um jantar convívio.


Reunimo-nos junto a um dos interessantes restaurantes de Odivelas, onde estava uma mesa muito bem arranjada, reservada para o nosso grupo.


Ementa escolhida ao gosto de cada pessoa. Comida saborosa permitindo dar mais sabor ao convívio. Sobremesa doce, alusiva ao momento que se estava vivendo. Sem faltar o bom vinho para alegrar ainda mais os bem-dispostos seniores, sempre dispostos a colaborar com quem precisa.

O nosso grupo
 
Porque fazer voluntariado, é ajudar quem nos está destinado a fazê-lo, assim como família ou amigos que precisem do nosso auxílio, e os conhecidos que necessitem do nosso apoio.

 
Em contrapartida nós também estamos a ser ajudados, o que é muito gratificante.

Aline Oliveira

Novembro de 2012

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Passeio à Quinta da Montanha

Almoço convívio para todos que se inscreveram.

Reunimo-nos no ISCE, dia 4 de Outubro de 2012, por volta das 11h00. Haviam alunos que levavam transporte e podiam oferecer boleia aos que esperavam por ela.

Os colegas encarregados de preparar o almoço, foram mais cedo, a fim de irem organizando tudo que era necessário para receber o Grupo, que havia de chegar quando as sardinhas e os carapaus estivessem prontos a entrar na grelha.

Entretanto as mesas estavam postas e os chapéus montados, porque o dia foi de muito sol. Na cozinha e na sala ao lado, a azáfama era grande. Batatas a cozer, pão e broa de milho já partidos, taças cheias de salada, salada de fruta para a sobremesa e as bebidas… a satisfazerem todos os gostos.

A saída do ISCE foi por volta das 11h30.

Procuramos ir atrás de um carro e fixamos a sua matrícula, mas sem saber quem era o condutor. Levamos duas colegas, uma já conhecida, outra “caloira”. Em cada um dos veículos havia uma folha com a indicação do caminho para a Quinta. A preocupação era não perder de vista o carro da frente. Atentamente, ao lado do condutor, ia olhando a folha, assim como a viatura que seguíamos. Viramos à esquerda no Vale da Guarda e ao fim de algum tempo o condutor da frente parou, dizendo que íamos enganados. Fizemos inversão de marcha, tal como outro carro que nos seguia e que devia ter tido a mesma preocupação que nós tivemos. A responsabilidade de quem vai à frente! E de quem não vê o sítio exato onde virar!…

Ainda houve tempo para uma visita ao redor da Quinta, observando as lindas vistas que se deparam diante dos nossos olhos e observar os animais. Alguns estão prisioneiros, outros no seu meio natural. Foram tiradas algumas fotografias, imagens que ficam registadas, para recordar mais tarde aquele dia tão agradável.
 
 
 


O almoço estava uma delícia. As sardinhas no ponto, as batatinhas muito saborosas, sem falar no pão, na broa e nas saladas, não esquecendo as bebidas.


Não faltou a boa música, com a particularidade de se ouvir melhor no sítio onde estava a ser tocada. Cá fora, sob os chapéus, o som era um bocadinho agudo, não permitindo saborear a sua beleza.

 
 
 
 
Fizeram-se as contas e a seguir foi servido um belo lanche com o peixe sobrante do almoço, devidamente arranjado e ornamentado, quais cozinheiros a participar num famoso concurso. Também foram servidas umas guloseimas para acabar de adoçar a bela tarde.

O dia foi curto para conviver e a inevitável hora do regresso chegou.
Estava tudo impecável. Parabéns aos meus bons colegas trabalhadores, assim como à Organização.
Uma saudação especial para os nossos novos colegas. Que se sintam tão bem nesta Casa, como nós outros nos sentimos desde o início.
 

Aline Oliveira
 

terça-feira, 26 de junho de 2012

segunda-feira, 18 de junho de 2012

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Almoço Convívio

Já desde o final do ano passado, que se ia falando em reunir a turma do primeiro semestre, assim como os seus valorosos Professores que, no ISCE, inauguraram a Universidade Sénior.

Por motivos relacionados com a vida pessoal, ou profissional de cada um, esse almoço, bem acolhido por todos, foi sendo adiado mês após mês.

Aproximando-se rapidamente o final de mais um ano letivo, com alguns alunos já a entrarem de férias, o almoço foi marcado para o dia 26 de maio.

Não puderam ir todos como seria desejável. Os que não apareceram, foram recordados com ternura e acreditamos lamentarem também, não nos poderem  fazer companhia.

Os nossos primeiros Professores não puderam estar todos no nosso convívio, sendo recordados pelos seus alunos com carinho. Ao nosso estimado Professor, que nos acompanhou no almoço e tão bem representou aqueles que gostariam de lá estar, os nossos agradecimentos.

Agradecimentos extensivos às sempre muito queridas Dras. Isabel Martins e Isabel Aires, sem esquecer a D. Céu.

Em nome dos meus colegas “repetentes”, que decerto partilham o meu sentir, quero agradecer o prometido regresso de dois colegas, ausentes da “Grande Família”, há já algum tempo.

As Famílias desejam-se unidas!
 Aline Oliveira
2012-05-26




domingo, 27 de maio de 2012

Casa das Histórias - Paula Rego

Visita ao Museu - Casa das Histórias - Paula Rego
Organizada pela USO, dia 4 de Maio 2012

Pequena paragem para apreciar o mar e tirar fotografias como recordação dos belos momentos vividos nesse dia. A “Boca do Inferno” é sempre muito atrativa pela sua beleza natural.

Outra paragem para cada um lubrificar o seu corpo com uns saborosos petiscos. Quem teve medo do mau tempo, foi para o bar do Museu.

Mais uma pausa para fotos no lindo jardim em frente ao Museu.

Finalmente chegou a hora de admirarmos a obra da tão conhecida pintora, Paula Rego.

Fomos divididos em três grupos. Entrei com o primeiro. Para além das pinturas, que gostei muito, trabalhos baseados em histórias, divididos em secções, também admirei a sensibilidade da guia.

Fazia-nos perguntas sobre o que víamos e o que pensávamos, escutando atentamente e chamando-nos a atenção para outros pontos considerados relevantes.

Sem ela, não teria conseguido ver tantos pormenores.

Encantou-me a história de cada uma das séries, todas diferentes, todas com uma mensagem para interpretar.

Uma que me impressionou, pelo seu tema e suas consequências, foi a de “O Vinho“.

O vinho faz bem à saúde, também faz mal quando bebido em excesso. Um homem bêbado é aceite pela sociedade. Quando a mulher se embebeda é mal vista.

Há muitos anos atrás, conheci uma mulher que bebia demais e tentaram afastar-me da amizade que eu sentia por ela. Essa mulher tinha o marido em França a trabalhar, vindo visitar a família, duas vezes por ano. Ela foi uma mãe extremosa e nunca deixou de orientar bem a sua casa.

O vinho, muitas vezes, era o seu alento…

A visita tinha chegado ao fim. Fomos caminhando para o nosso autocarro, iniciando a viagem de regresso. Passamos por Belém para uma pequena paragem e a inevitável compra de alguns pastéis de nata.

Mais ou menos a essa hora o Planeta Terra era enriquecido com o nascimento da pequenina LARA.

Bem vinda meu Amor. Tua Avozinha não foi ao passeio, porque ficou à tua espera. Que Deus te acompanhe em todos os dias de tua vida.


                                                                                                Aline Oliveira
                                                                                                  (9-05-2012)


sábado, 12 de maio de 2012

Viagem da USO a Cascais



Trabalho realizado pela nossa colega Fernanda Salvado.

Está espectacular!!! Muito obrigada pela partilha.
Patricia Benítez

sexta-feira, 20 de abril de 2012

sábado, 14 de abril de 2012

“ENTAS” NO LARÓ


No aeroporto de Lisboa
Era ainda madrugada
Carregando as suas malas
Ninguém faltou à chamada

Chegaram a Ponta Delgada
Ainda mal o sol raiava
Logo foram homenageados
Com temporal de “água molhada”

Mas nada os fez desistir
Nem sequer voltar atrás
Entraram todos em fila
Numa estufa de ananás

Paisagens paradisíacas
Miradouro do Pico, Vista do Rei,
Lagoa Azul, Lagoa Verde…
Qual a mais bela, não sei!

Chegada a hora de almoço
Que grande satisfação
Para retemperar as forças
E “aquecer o coração”

Miradouro do Escalvado
Mosteiros e linda Bretanha
Por fim Vila das Capelas
Rico hotel e boa cama

O cansaço foi vencido
Por incrível que pareça
Pois ainda houve forças
P´rá noite fazer uma festa

Porta das Calhetas, Rabo de Peixe
A seguir Ribeira Grande.
Do paraíso, um lindo jardim
E prova de licores em grande

Caldeira Velha quem diria!
Piscina de água quentinha
Numa reserva natural
No arvoredo escondidinha

Fetos arbóreos
Rocas de vento
Pombo forcaz
Conteiras sem lamento

Ponta Delgada com seus jardins
E monumentos de rara beleza
Muita coisa ficou por ver
Voltaremos um dia com certeza

Ó romântico parque Terra Nostra
Com cameleiras multicores
E uma piscina muito quentinha
Que aos seniores tirou as dores

Perto da lagoa das Furnas
Saboreámos o cozido
“Nascido” das fumarolas
Nunca mais será esquecido


Adeus S. Miguel, ilha mistério:
·         “Porta do mar”
·         Onde a “água é de pau”
·         A lagoa é de “fogo”
·         O pico é de “ferro”
·         A vila é “Franca”
·         A ribeira é “quente”
·         E o pinhal é de “paz”

    Lídia Dias


quarta-feira, 11 de abril de 2012

Recordações duma viagem ao Alentejo (III) Coudelaria Alter Real (AR)



A fundação da Coudelaria de Alter não foi um ato ocasional e isolado.

Surgiu como corolário lógico de um tempo histórico e de uma política coudélica, personificados em D.João V, o Rei Magnânimo.

A ordem da Junta do Estado e Casa de Bragança, de 9 de Dezembro de 1748, marca a fundação da Coudelaria de Alter, e tem o significado simbólico de "Registo" da Tapada do Arneiro como "Solar" do cavalo de Alter-Real.

O documento fundacional da Coudelaria de Alter foi emitido por D.João V como:

"ADMINISTRADOR DA PESSOA E BENS DO PRÍNCIPE D.JOSÉ, MEU SOBRE TODOS MUITO AMADO E PREZADO FILHO, DUQUE DE BRAGANÇA ".

É ao Rei D. José I que, quase inteiramente, cabe o mérito da estruturação da Coudelaria de Alter:

Formação da manada, instalações coudélicas, alargamento do assento agrícola e da área de pastoreio, promulgação do primeiro regime coudélico que vigorou na Coudelaria.

A Casa Ducal de Bragança foi, como executante da vontade Régia de D. João V e de D. José I, o esteio da fundação e estruturação da Coudelaria de Alter.

A Coudelaria é, então, da Casa Real que a recebeu, em 1770, da Casa de Bragança, num quadro de relação bem definido; a Casa de Bragança, proprietária dos prédios utilizados pela Coudelaria de Alter; a Casa Real, reconhecida como senhoria da manada, e na situação de rendeira daqueles prédios.

Na Picaria Real, em Lisboa, o ensino de D. Pedro de Meneses, 4º Marquês de Marialva e Estribeiro-Mor da Casa Real, alcança a perfeição no rigor da técnica, na beleza dos movimentos, na elegância das atitudes. O Cavalo Alter-Real atinge o seu esplendor.

A primeira vintena do século XIX foi um período de sombras para a Coudelaria de Alter; roubo dos melhores cavalos Alter-Real, danos nas piaras, redução na área do pastoreio, vandalismo nas instalações, primeiras ameaças à integridade étnica da manada.

Em defesa da Coudelaria de Alter agiganta-se, neste período de sombras, a figura do Princípe Regente D. João. Mas era uma luz longínqua, no Rio de Janeiro, e em Portugal o Marechal inglês Beresford. Era o poder.

- "Que se conserve sempre pura esta raça"

12 de Dezembro de 1812

-"Que não se consinta que pessoa alguma se intrometa com o que pertence às manadas e suas pastagens"

18 de Janeiro de 1815.

Da Nacionalização das Reais Manadas à usurpação da Coutada do Arneiro. Questionada até à existência da Coudelaria de Alter.

E mais uma vez D. João, já como Rei. A merecer um registo de memória no historial da Coudelaria de Alter.

CONTINUIDADE DIFÍCIL - 1842 - 1910

Um longo tempo de dificuldades e sobressaltos para a Coudelaria, mas também de graves ameaças à integridade étnica do Cavalo Alter-Real, foi o tempo dos cruzamentos.

COUDELARIA MILITAR - 1911 - 1941

Proclamado o regime republicano, e arrestados os bens da coroa, a Coudelaria é integrada no Ministério da Guerra, na dependência da comissão técnica de remonta, com o nome de Coudelaria Militar de Alter do Chão.

O tempo da Coudelaria Militar é uma presença notável na planificação das instalações e na racionalização da exploração agrícola da Coutada do Arneiro.

RECUPERAÇÃO DO ALTER-REAL - 1942 - 1995

Em Janeiro de 1942 dá-se a integração da Coudelaria no Ministério da Economia, na jurisdição da Direcção-Geral dos Serviços Pecuários.

Começava um longo caminho de meio século de recuperação do Alter-Real.

A recuperação do Alter-Real foi um esforço tenaz e persistente, com tempos de grandeza e de crise, de maior dinamismo e de mais apagada ação, mas, indiscutivelmente, um esforço coroado de sucesso.

REACTIVAÇÃO DA COUDELARIA DE ALTER

1996 - Arranque de uma nova etapa
Preservar e valorizar o património genético e cultural que a Coudelaria de Alter encerra e simboliza …

Um caminho que se dirige em exclusivo ao cavalo mas que passa, também, pelo desenvolvimento sócio-económico cultural e turístico do norte alentejano.

Mérito de definir e traçar esse caminho coube, em 1996, ao engenheiro Fernando Van-Zeller Gomes da Silva, ministro da agricultura.

Um destaque que lhe é devido no memorial da coudelaria, pelo respeito com que contemplou o passado, pela ambição com que perspectivou o futuro da Coudelaria Alter-Real.

                                              


Vasco Lopes da Gama

quarta-feira, 4 de abril de 2012

FELIZ PÁSCOA




Que os chocolates e as amêndoas não nos distraiam do verdadeiro significado da Páscoa! Votos de uma Páscoa Feliz para todos! Um abraço carinhoso.

Patricia

terça-feira, 20 de março de 2012

segunda-feira, 19 de março de 2012

Recordações duma viagem ao Alentejo (II) - Alter do Chão



Panorâmica de Alter do Chão



Castelo de Alter do Chão
A origem de Alter do Chão poderá ser atribuída a um povoado romano, fundado a partir de um aglomerado da Idade do Ferro em Alter Pedroso.

De Abelterium, cidade romana que vem referenciada no Itinerário de Antonino Pio, terá provavelmente nascido Alter do Chão.

No reinado de D. Sancho II, o Bispo da Diocese da Guarda D. Vicente, propôs “restaurar e povoar Alter”, atribuindo-lhe o 1º Foral no ano de 1232. D. Afonso III com o objectivo de incentivar o povoamento, manda reconstruí-la e terá concedido novo Foral em 1249. D. Dinis atribui-lhe dois Forais em anos consecutivos, o último data de 25 de Março de 1293 e conferia-lhe todos os privilégios de Santarém.

Em 1359, D. Pedro I mandou edificar o actual Castelo e confirma-lhe, através de nova carta de Foral os privilégios anteriores.
D. João I, Mestre da Ordem de Avis, cede em senhorio a D. Nuno Álvares Pereira, passando os bens para a Casa de Barcelos e posteriormente para a Casa de Bragança, fundada pelo casamento de D. Beatriz, filha do Condestável com D. Afonso, filho bastardo do progenitor da Ínclita Geração.

O Foral de Leitura Nova, foi-lhe atribuído a 1 de Junho de 1512 no decurso da nova reforma mandada efectivar por D. Manuel.

Do período quinhentista as construções que subsistem mostram a vitalidade e importância que a vila tomou.

São deste período o Chafariz Renascentista, Igreja de Nossa Senhora da Alegria e a Janela Geminada, na Rua General Blanco.

Prova evidente do desenvolvimento que Alter alcançou no período Barroco, e do qual se pode orgulhar, são as várias construções civis e religiosas de entre elas algumas imponentes, das quais se destacam: Coudelaria de Alter, mandada construir por D. João V em 1748 por iniciativa do Príncipe D. José, para a produção do cavalo Lusitano, cujo destino era a Arte Equestre, muito em voga nas cortes daquela época; o Palácio do Álamo, Igreja do Senhor Jesus do Outeiro, Igreja do Convento de Santo António e os chafarizes da Barreira e dos Bonecos.


Património de Alter do Chão

Palácio e Quinta do Álamo
Moradia brasonada mandada construir em 1649 por Diogo Mendes de Vasconcelos. Importantes alterações no séc. XVIII/XIX. edifício rectangular com larga fachada de dois andares com nove janelas de sacada de ferro forjado, com frontões alternadamente curvos e rectilíneos. Riqueza decorativa no interior com azulejos. Repartição de espaços conforme a época - piso térreo utilitário, residência no andar nobre. O portal, encimado pelo escudo de armas, que dá entrada para a quinta é da segunda metade do séc. XVIII. A quinta é típica desse século, destacando-se um pequeno tanque com decoração de alvenaria e o jardim de buxo. Foi adquirido pela Câmara Municipal, funcionando aí o Serviço Sócio-Cultural, com os seguintes serviços abertos ao público: Biblioteca, Sala de Exposições Temporárias e o Posto de Turismo.


Fonte da Praça da República (Fontinha)
Mandada construir em 1556 pelo Duque de Bragança D. Teodósio I. Situada primitivamente noutro local do largo foi removida para o actual em meados do séc. XVII. Estilo renascença, é constituída por uma alpendrada em forma de cúpula dupla sustentada por três colunas, tudo em mármore de Estremoz. No interior os medalhões heráldicos dos Duques de Bragança (Armas de Portugal) e da Vila de Alter. As bicas e o tanque já não são da construção primitiva. Classificado como imóvel de interesse público.

Pelourinho
Construído no 1º. quartel do séc. XVI, estilo manuelino, composto de coluna torsa, com decoração vegetalista. Monumento Nacional.

Igreja Paroquial de Alter Pedroso
Fundada no séc. XV, dedicada a Nossa Senhora das Neves, alterada do séc. XVII. Interior de uma só nave, altar-mor em talha dourada, portal e torre de raiz medieval. No altar-mor, retábulas e imaginária. Trabalhos em massa decorando o interior do templo.



Ponte de Vila Formosa 
Construída pelos romanos nos finais do séc. I, início do séc. II D.C. sobre a Ribeira de Seda, na Estrada que liga Alter do Chão a Chança e Ponte de Sôr. Construída em grossa cantaria aparelhada e almofadada. Consta de 6 arcos iguais entre si e compostos nas frentes por trinta e três aduelas e cinco olhais em forma de pórtico. Monumento Nacional.


Gastronomia



A Gastronomia é variada e saborosa, senão vejamos: Sarapatel, Borrego com Arroz Amarelo (Açafrão), Perna de Borrego com Batatas Assadas, Costeletas de Borrego do Norte Alentejano, Arroz de pato, Pernil, Porco Assado no Forno, Vitela Assado, Ensopado de Borrego, Alhada de Cação. Migas Alentejanas.

Vasco Lopes da Gama




segunda-feira, 12 de março de 2012

Recordações duma viagem ao Alentejo (I)



Lá diz o ditado popular "recordar é viver" e, hoje, veio ao meu pensamento a recordação duma viagem que fiz ao Alentejo, em novembro de 2008.

Da calma paisagem das vastas lezírias do Ribatejo aos extensos terrenos áridos e dourados do Alentejo, a paisagem calma não é mais que uma cortina que esconde um património inimaginável.

O turista é apanhado de surpresa pelos remarcáveis traços de sucessivas culturas: dolmens e cromlens, vestígios árabes e romanos misturados com os mais recentes sinais do cristianismo, do qual os castelos medievais são claro exemplo.

O litoral da região, situado ao longo das margens do rio Tejo e dominado por Santarém, consiste em terrenos verdes e férteis, onde pastam, pacificamente, os melhores touros e cavalos. Mais para o interior estão situadas as lindas aldeias e cidades que compõem a famosa Rota dos Castelos: Nisa, Castelo de Vide, Marvão, Portalegre e Alter do Chão.

Mais para sul, os terrenos tornam-se mais secos e planos; em redor de Évora (uma das cidades mais bonitas de Portugal) estão situadas as vilas de Monsaraz, Vila Viçosa, Estremoz e Arraiolos (conhecida pelos seus tapetes feitos à mão baseados em desenhos dos séculos XVII e XVIII).

Quanto mais para sul, menos povoadas se tornam as planícies, as únicas sombras são proporcionadas pelas oliveiras e pelos carvalhos e os únicos locais frescos são as represas e barragens. Uma viagem ao Alvito, a Beja, a Serpa e a Mértola valerá sempre a pena. A costa alentejana oferece ao turista magníficas praias atlânticas. Sendo uma região com a maior amplitude térmica (desce aos 5º C ou sobe aos 33ºC), as zonas povoadas das Planícies estão muito dispersas e com vastos horizontes entre elas, onde a vida segue ao ritmo das canções regionais.

Serpa e Monsaraz foram dois dos locais que visitei com mais tempo:

Serpa - É uma localidade onde se respira a alma do baixo alentejo. Longe dos grandes centros urbanos, Serpa mantém viva uma genuínidade há muito perdida noutras paragens. Sempre presente está a boa gastronomia e o muito artesanato.
A visitar: Igreja Matriz, igrejas do Salvador e de Santa Maria. Igreja da Misericórdia.
Nos arredores: Serpa está rodeada de pequenas ermidas.

Monsaraz - Tal como em Serpa, a genuína alma alentejana está aqui bem patente. Debruçada sobre a vasta planície, a vila parece planar, perdida no tempo, enclausurada nas muralhas do castelo que a rodeia na totalidade. Um dos locais com mais carisma do nosso país.
A visitar: Porta do Buraco, Igreja Matriz, Museu da localidade.
Nos arredores: Na aldeia vizinha de Reguengos, existe um núcleo megalítico com mais de 100 dolmens e cromlens.

Mas uma viagem é muito mais do que um destino pelo que, numa viagem ao Alentejo, é indispensável saborear a sua gastronomia.

Nesta região, a comida é muito variada e saborosa. Pode escolher-se entre as enguias guisadas, a sopa de sável ou a lampreia do Tejo, os chouriços de Castelo de Vide, de Nisa, de Arronches ou de Arraiolos, ou o cabrito guisado, a lebre com feijões vermelhos e o coelho frito em azeite do Alentejo. E os deliciosos pães da região, que se podem comer com os queijos de ovelha de Serpa, de Nisa e de Évora ou com o queijo de cabra do Alandroal. Nesta região encontramos também, uma pastelaria muito variada, como os bolos "imperiais" de Almeirim, os de Évora confeccionados à base de ovos e de massa de amêndoa e os doces dos conventos de Portalegre e de Beja. Não esquecer a fruta: os melões de Almeirim e de Alpiarça são muito famosos. Prove também os vinhos de Almeirim, de Borba, de Reguengos e da Vidigueira.

Gosto de guardar quase tudo das minhas viagens, para mais tarde rever e recordar. Desta minha viagem por terras alentejanas e, em jeito de recordação, deixo-vos algumas imagens de Montemor-o-Novo, Beja, Serpa, Monsaraz e Alqueva.

Vasco Lopes da Gama